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segunda-feira, outubro 22, 2012

Mosteiro de Paço de Sousa

Mosteiro de Paço de Sousa by VRfoto
Mosteiro de Paço de Sousa, a photo by VRfoto on Flickr.

PENAFIEL (Portugal): Igreja do Salvador, matriz de Paço de Sousa.

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Este Mosteiro é fundamental para a compreensão da arquitetura românica do Tâmega e Sousa, não só pelas suas singulares características arquitetónicas e escultóricas, como pelo facto des
te antigo Mosteiro Beneditino conservar, no seu interior, o túmulo de Egas Moniz, uma das figuras centrais do início da Nacionalidade.
O Mosteiro é um edifício-padrão para a região, característica visível pelo modo muito próprio de decorar, quer pelos temas empregues, quer pelas técnicas escultóricas utilizadas.
Estas valorizam as colunas prismáticas nos portais, bases bulbiformes, recorrendo a padrões decorativos vegetalistas talhados a bisel, desenvolvendo longos frisos no interior e no exterior da igreja, muito ao estilo da arquitetura das Épocas Visigótica e Moçárabe.
Apesar das suas características românicas, o Mosteiro foi erguido no século XIII, possuindo parcelas de várias épocas, nomeadamente elementos reaproveitados de uma construção mais antiga, que deverá ser datada da segunda metade do século XII, e outros de nítido recorte pré-românico que inspiraram os artistas que trabalharam no estaleiro do século XIII.
Construído com três naves, um falso transepto inscrito na planta, e coberturas de madeira assentes em arcos-diafragma, o Mosteiro tem ainda a cabeceira composta por três capelas comunicantes entre si. (…)
É no lado ocidental que surge uma nova construção, desenvolvida em função da igreja pré-existente, destacando-se uma primeira fase construtiva no primeiro tramo ocidental e no portal axial, cujos elementos, nomeadamente capitéis e cachorros, uns de inspiração coimbrã, outros da sé portucalense, entre outras proveniências, correspondem ao momento mais antigo.
A segunda fase é representada pelo portal sul, menos arcaico do que o ocidental, e pelo contraste entre tramos, estes mais apertados e baixos do que os da primeira fase.
Já na terceira fase destacam-se, na cabeceira, os absidíolos de planta semicircular cobertos por abóbada de berço quebrado, elementos bastante evoluídos dentro do românico.
Na última fase da construção do Mosteiro salientam-se a cobertura do transepto e a torre sobre o cruzeiro, cuja arquitetura tardia lembra o gótico mendicante.
Na parcela do muro do transepto do lado norte foram integrados frisos e impostas muito anteriores à construção do século XIII, nomeadamente nas frestas dos absidíolos, nas molduras e em alguns capitéis, como os do absidíolo do lado sul, que apresentam aspeto moçárabe.

Info: www.rotadoromanico.com/ (adaptado)

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