Inquérito

Crie seu próprio questionário de feedback de usuário

sábado, junho 30, 2012

Convento de Semide

Convento de Semide by VRfoto
Convento de Semide, a photo by VRfoto on Flickr.

MIRANDA DO CORVO (Portugal): Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide.

See where this picture was taken. [?]

O Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide, localizado em Miranda do Corvo foi fundado em 1154 por Martim Anaia. Inicialmente era ocupado por monges beneditinos. Mais tarde tornou-se num convento de freiras para receber as descendentes do seu fundador.
A parte mais antiga ainda existente data do século XVI. Em 1664 um incêndio devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a atual igreja, em 1697. Em 1964 o mosteiro sofre novo incêndio tendo sido devorada a ala poente. Em 1990, um novo incêndio destruiu o claustro velho, a casa do capítulo e a sacristia.
Do conjunto ainda existente salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira, dos finais do séc. XVII, azulejos do séc. XVIII, esculturas do séc. XVII e séc. XVIII e altar-mor também do séc. XVII. O órgão de tubos, do séc. XVIII, foi recentemente recuperado.
Em 1931 o Mosteiro que entretanto havia sido cedido à Junta Geral do Distrito de Coimbra, presidida pelo Professor Bissaya Barreto, passou a funcionar como Escola Profissional de Agricultura e Asilo.
Atualmente o mosteiro alberga o CEARTE, escola de formação profissional e um lar de jovens da Cáritas.
A igreja do mosteiro é igualmente a igreja paroquial de Semide. Todos os anos este templo é palco do Encontro de Coros de Miranda do Corvo.

Info: pt.wikipedia.org/

segunda-feira, junho 25, 2012

Capela lateral da Igreja Paroquial do Espinhal

PENELA (Portugal): Capela lateral da Igreja Paroquial do Espinhal.

Aos lados, integradas no conjunto arquitetural, abrem-se, em arco triunfal, duas capelas, de paredes azulejadas de enxaquetados, cúpulas de quartelas de pedra e retábulos do mesmo material (talha dourada); os arcos, de grande efeito estético, surgem enquadrados por dois nichos com esculturas, decorados por querubins e medalhões nas cantoneiras e rematados por frontão de edículas desiguais. As capelas dos flancos mostram aberturas redondas mais simples.

info: www.monumentos.pt/

Interior da igreja do Espinhal

Interior da igreja do Espinhal by VRfoto
Interior da igreja do Espinhal, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal): Interior da Igreja Paroquial do Espinhal ou Igreja de São Sebastião.

See where this picture was taken. [?]

Planta longitudinal, composta, de três naves e cabeceira tríplice com mais duas capelas nos flancos, no primeiro tramo, a jeito de transepto, sacristia e anexos; volumes articulados, com predomínio da horizontalidade, tendo como contraponto vertical a torre sineira, à direita e recuada da frontaria; coberturas exteriores diferenciadas em telhado de uma e duas águas.
No interior, três naves divididas por arcadas de cinco vãos, sustentadas por colunas jónicas monocilíndricas sem pedestais; pavimento e tetos de madeira. Capela-mor retangular, com abóbada redonda e retábulo de talha dourada, com colunas e arcos torcidos, de pâmpanos e camarim fechado por pintura de São Sebastião; as paredes decoram-se com 8 telas com os Doutores da Igreja e subpostos a eles os Evangelistas, de menor tamanho; uma grande pintura evocativa do Aparecimento de Cristo à Virgem domina o arco da entrada. Aos lados, integradas no conjunto arquitetural, abrem-se, em arco triunfal, duas capelas, de paredes azulejadas de enxaquetados, cúpulas de quartelas de pedra e retábulos do mesmo material; os arcos, de grande efeito estético, surgem enquadrados por dois nichos com esculturas, decorados por querubins e medalhões nas cantoneiras e rematados por frontão de edículas desiguais. As capelas dos flancos mostram aberturas redondas mais simples.

info: www.monumentos.pt/

domingo, junho 24, 2012

Igreja Matriz do Espinhal

Igreja Matriz do Espinhal by VRfoto
Igreja Matriz do Espinhal, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal): Igreja Matriz do Espinhal.

See where this picture was taken. [?]

Igreja tardo-renascentista e barroca, datada do século XVI. É constituída por três naves e por duas capelas nos flancos. Destaque para a sua torre e para o conjunto arquitetural da cabeceira em pedra lavrada da renascença coimbrã.

info: www.igogo.pt/

Rua no Espinhal

Rua no Espinhal by VRfoto
Rua no Espinhal, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal): Rua Aires Serra no Espinhal.

See where this picture was taken. [?]

Santa Luzia

Santa Luzia by VRfoto
Santa Luzia, a photo by VRfoto on Flickr.

VIANA DO CASTELO (Portugal): Santa Luzia.

See where this picture was taken. [?]

O Santuário de Santa Luzia, também referido como Santuário do Monte de Santa Luzia, Basílica de Santa Luzia, Templo de Santa Luzia e Templo do Sagrado Coração de Jesus, localiza-se no alto do monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo, em Portugal. Um dos "ex libris"" da cidade, do seu sítio descortina-se uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale, e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic.
A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do padre António Martins Carneiro, com projeto do arquiteto Miguel Ventura Terra.
A última etapa da sua construção, sob a direção do arquiteto Miguel Nogueira Júnior a partir de 1925, é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Cœur, em Paris. Os trabalhos de cantaria em granito são de responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima.
Aberto ao culto em 1926, os trabalhos estenderam-se até 1943.
O templo apresenta planta na forma de cruz grega, com elementos em estilo neo-românico, neo-gótico e bizantino.
Em seu zimbório, uma varanda permite, em dias claros, descortinar um amplo panorama da região.
Em termos artísticos, os vitrais das rosáceas foram executados em Lisboa, na oficina de Ricardo Leone. O afresco que representa a Via-Sacra e a Ascensão de Cristo, na cúpula, é de autoria de M. Pereira da Silva. Os dois querubins no altar-mor, são de autoria do escultor Leopoldo de Almeida, e foram executados em mármore de Vila Viçosa pelos mestres Emídio Lima e Albino Lima.
À entrada do templo destaca-se uma estátua do Sagrado Coração de Jesus, em bronze, de autoria do escultor Aleixo Queirós Ribeiro, datada de 1898.
O carrilhão é composto por 26 sinos.

info: pt.wikipedia.org/wiki/Santu%C3%A1rio_de_Santa_Luzia

sábado, junho 23, 2012

Trabuco medieval

Trabuco medieval by VRfoto
Trabuco medieval, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal): Trabuco medieval.

See where this picture was taken. [?]

Trabuco é uma arma de cerco empregada na Idade Média com a finalidade de esmagar os muros de alvenaria ou para atirar projéteis por cima deles.
O trabuco de contrapeso apareceu em países cristãos e muçulmanos ao redor do Mediterrâneo. Ele podia lançar 140 quilos de projéteis a altas velocidades em fortificações inimigas a até meia milha de distância e eram relativamente precisos. Já houve relatos de que corpos infetados por doenças foram lançados numa tentativa de infetar o povo sob ataque, uma guerra biológica adaptada à idade média. Os trabucos foram inventados na China, aproximadamente em 400 a.C., tendo sido levado até a Europa em 600 d.C., e não foi abandonada até o surgimento da pólvora.

info: pt.wikipedia.org/wiki/Trabuco

sexta-feira, junho 22, 2012

Catapulta

Catapulta by VRfoto
Catapulta, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal): Catapulta.

See where this picture was taken. [?]

Catapultas são mecanismos de cerco que utilizam uma espécie de braço para lançar um objeto (pedras e outros)a uma grande distância, evitando assim possíveis obstáculos como muralhas e fossos. Fora criado possivelmente pelos gregos, durante o reinado de Dionísio I[1], como arma de guerra.
O nome é derivado do grego καταπάλτης, composto de κατά "abaixo, contra" e πάλλω "vibrare". Originalmente, a palavra catapulta referia-se a um lançador de pedras, enquanto balista referia-se a um lançador de dardos, porém, através dos anos, os dois termos trocaram de significados.
Catapultas eram usualmente montadas no lugar do cerco, e um exército carregava algumas ou nenhuma de suas peças consigo porque madeira era bastante disponível no lugar.

info: pt.wikipedia.org/wiki/Catapulta

Medieval war

Medieval war by VRfoto
Medieval war, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal)

See where this picture was taken. [?]

quinta-feira, junho 21, 2012

Largo da Misericordia

Largo da Misericordia by VRfoto
Largo da Misericordia, a photo by VRfoto on Flickr.

PENELA (Portugal): Largo da Misericórdia.

See where this picture was taken. [?]

Igreja de Freixieiro de Soutelo

VILA PRAIA DE ÂNCORA: Igreja de Freixieiro de Soutelo.

See where this picture was taken. [?]

Estrutura em cantaria, com paramentos rebocados e pintados e revestidos com azulejos, com vãos e cunhais em cantaria, sineira em cantaria, altares em madeira, cobertura em madeira telhada, cobertura interior estucada, coro-alto em cantaria e madeira, guarda-vento em madeira, púlpito em granito com balcão em madeira, pavimentos soalhados, em lajes graníticas e taco de madeira, portas de madeira e em ferro forjado, janelas gradeadas e envidraçadas, cruz e catavento em ferro.

quarta-feira, junho 20, 2012

Amuletos fálicos do período romano

CONIMBRIGA (Portugal): Amuletos fálicos.

See where this picture was taken. [?]

Falos de metal, representação figurada do orgão sexual masculino, venerados como símbolo da fecundidade e da força produtiva da Natureza ou utilizados como amuletos, a que as pessoas supersticiosas atribuem poderes mágicos, ocultos, aqui tratados de forma realista.

Capitel jónico em Conimbriga

Capitel jónico em Conimbriga by VRfoto
Capitel jónico em Conimbriga, a photo by VRfoto on Flickr.

www.vmribeiro.net/photo/

See where this picture was taken. [?]

terça-feira, junho 19, 2012

Escultura romana #3

Escultura romana #3 by VRfoto
Escultura romana #3, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Cabeça feminina.

See where this picture was taken. [?]

As poucas peças de escultura privada conhecidas na cidade dividem-se entre o retrato e a escultura decorativa, como as cabeças femininas idealizadas, representações de deusas, ninfas ou outras figuras mitológicas.

Escultura romana #2

Escultura romana #2 by VRfoto
Escultura romana #2, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Cabeça feminina.

See where this picture was taken. [?]

As poucas peças de escultura privada conhecidas na cidade dividem-se entre o retrato e a escultura decorativa, como as cabeças femininas idealizadas, representações de deusas, ninfas ou outras figuras mitológicas.

segunda-feira, junho 18, 2012

Escultura romana

Escultura romana by VRfoto
Escultura romana, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Cabeça feminina.

See where this picture was taken. [?]

As poucas peças de escultura privada conhecidas na cidade dividem-se entre o retrato e a escultura decorativa, como as cabeças femininas idealizadas, representações de deusas, ninfas ou outras figuras mitológicas.

domingo, junho 17, 2012

Foz do rio Minho

Foz do rio Minho by VRfoto
Foz do rio Minho, a photo by VRfoto on Flickr.

CAMINHA (Portugal): Foz do rio Minho.

See where this picture was taken. [?]

É em Caminha, junto da Mata do Camarido que o rio Minho desagua. A foz possui uma pequena praia fluvial inserida numa zona protegida.

Labirinto do minotauro

Labirinto do minotauro by VRfoto
Labirinto do minotauro, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Mosaico do labirinto do Minotauro no Museu Monográfico.

See where this picture was taken. [?]

Mosaico policromo do Minotauro no centro de um labirinto dividido em quatro campos e cercado por uma muralha ameada e dotada de oito torres’. Meados do Século II d.C.

sexta-feira, junho 15, 2012

Casa dos Repuxos em Conimbriga #4

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

Casa dos Repuxos em Conimbriga #3

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

A Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central (Peristilo), onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos, para onde se abriam os principais espaços da casa.

info: pt.wikipedia.org/

quarta-feira, junho 13, 2012

Casa dos Repuxos em Conimbriga

Casa dos Repuxos em Conimbriga by VRfoto
Casa dos Repuxos em Conimbriga, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

A Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central (Peristilo), onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos, para onde se abriam os principais espaços da casa.

info: pt.wikipedia.org/

Casa dos Repuxos em Conimbriga

Casa dos Repuxos em Conimbriga by VRfoto
Casa dos Repuxos em Conimbriga, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

A Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central (Peristilo), onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos, para onde se abriam os principais espaços da casa.

info: pt.wikipedia.org/

terça-feira, junho 12, 2012

Dolmen da Barrosa

Dolmen da Barrosa by VRfoto
Dolmen da Barrosa, a photo by VRfoto on Flickr.

VILA PRAIA DE ÂNCORA (Portugal): Dolmen da Barrosa.

See where this picture was taken. [?]

É considerado um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da Península Ibérica, documentando aspetos culturais do período Neolítico tardio, isto é, fim do 3º e início do 2º milénio.
Este monumento, vulgarmente designado por Lapa do Mouro, do ponto de vista arquitetónico, é formado por uma câmara megalítica (área sepulcral por excelência), constituída por 9 esteios imbricados, apoiando-se uns nos outros, 4 de cada lado, a partir da cabeceira, ligeiramente fraturada que se implanta verticalmente, cuja configuração é visivelmente retangular.
O Dólmen da Barrosa tem um interesse singular, quer do ponto de vista científico, quer do turístico - cultural, devido á sua arquitetura, ao seu porte, ao seu estado de conservação e ao seu espólio.

info: www.cm-caminha.pt/

Dolmen da Barrosa

Dolmen da Barrosa by VRfoto
Dolmen da Barrosa, a photo by VRfoto on Flickr.

VILA PRAIA DE ÂNCORA (Portugal): Dolmen da Barrosa.

See where this picture was taken. [?]

É considerado um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da Península Ibérica, documentando aspetos culturais do período Neolítico tardio, isto é, fim do 3º e início do 2º milénio.

Este monumento, vulgarmente designado por Lapa do Mouro, do ponto de vista arquitetónico, é formado por uma câmara megalítica (área sepulcral por excelência), constituída por 9 esteios imbricados, apoiando-se uns nos outros, 4 de cada lado, a partir da cabeceira, ligeiramente fraturada que se implanta verticalmente, cuja configuração é visivelmente retangular.

O Dólmen da Barrosa tem um interesse singular, quer do ponto de vista científico, quer do turístico - cultural, devido á sua arquitetura, ao seu porte, ao seu estado de conservação e ao seu espólio.

info: www.cm-caminha.pt/

segunda-feira, junho 11, 2012

Muralha de Conimbriga

Muralha de Conimbriga by VRfoto
Muralha de Conimbriga, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Muralha de Conimbriga.

See where this picture was taken. [?]

Quem visita as ruínas de Conímbriga depara com uma muralha, aparentemente feita à pressa, sem o rigor das obras públicas romanas e reaproveitando materiais de outras construções, como o anfiteatro. O aspeto destas defesas e o que se conta sobre elas reforça a ideia de um muro erguido à pressa para proteger a cidades dos bárbaros, no séc. IV.
Mas será mesmo assim? Adriaan De Man, arqueólogo que tem escavado estas ruínas, fez algumas revelações surpreendentes na 4ª sessão do Curso Livre sobre História Militar, dedicado às defesas da época visigótica. A primeira destas é que a muralha em causa foi refeita pelos Monumentos Nacionais nos anos 40. Portanto, o rigor histórico da (re)construção é discutível. A segunda é que na época do amuralhamento original não há qualquer ameaça de invasão da Península: a queda de Roma será no fim desse século e as primeiras incursões dos suevos ainda mais tarde.
Mas, apesar de tudo isto, é objetivo que, Conímbriga se rodeou de uma muralha e que a mesma foi construída à custa da destruição de algo que era central na cultura romana: o anfiteatro, sede de cerimónias e espetáculos públicos, decalque do Coliseu de Roma. Se não havia ameaça militar imediata, porquê a destruição de uma coisa e a construção da outra? Provavelmente pela conjunção de diversos fatores, como sublinhou José Varandas, docente do Centro de História da Universidade de Lisboa, organizador deste curso. Desde logo, a cristianização da sociedade hispano-romana, implicando a rejeição de símbolos da Roma pagã, como o anfiteatro. Alguma centralização orçamental imposta pelo imperador Teodósio proibindo os patrícios ricos de patrocinarem festas públicas. E a decadência de uma economia centralizada, levando ao florescimento de cidades vivendo quase exclusivamente do domínio do território envolvente. As muralhas seriam a afirmação simbólica do poder dessas cidades.
Outro ponto curioso do período entre o séc. IV e o séc. VIII (invasão islâmica da Península) é que os chamados bárbaros, aliás já bastante romanizados, não vêm equipados para a guerra de cerco, faltando-lhes a tecnologia das máquinas de assalto da época imperial. Por isso, os cercos deste período são poucos e, quase sempre, mal sucedidos. Um rei visigodo terá comentado a este propósito: "Sinto-me em paz com estas muralhas". Em contrapartida, os hispano-romanos não têm exército de campanha e, portanto, estão limitados à defesa dos perímetros fortificados. Daí que muitos destes afrontamentos se acabem por resolver pela negociação, pagamento de tributos, tomada de reféns, etc.
Um dos mitos deste período é a contraposição entre a suposta coragem dos germânicos no campo de batalha e a covardia dos hispano-romanos que só combatem à sombra das muralhas. Ora, como sublinhou José Varandas, "se os visigodos fossem esses guerreiros temíveis, então as crónicas da conquista islâmica tê-lo ia referido quando, pelo contrário, transmitem algum desprezo pelas suas qualidades militares".
De resto, a batalha de Guadalete, em 711, que determina o fim do reino visigodo, é travada em condições muito especiais. O rei godo está a braços com uma guerra civil, tem insurreições, a norte, com os galaicos e os bascos e apenas dispõe, para aquele combate, da sua guarda pessoal. Esta, constituída por guerreiros treinados para uma função mais de guarda-costas que de manobra em conjunto, é facilmente vencida pelos 3.000 homens de cavalaria ligeira com arcos, vinda do Norte de África. De resto, a presença de mercenários vindos do magrebe para combater na Península Ibérica era habitual e vinha desde o tempo das guerras púnicas, entre cartagineses e romanos. A diferença é que estes berberes estavam islamizados de fresco e eram a guarda avançada de uma expansão que só começaria a entrar em retrocesso, décadas depois em Poitiers, nas planícies francesas do Loire.

info: expresso.sapo.pt/

Casa dos repuxos

Casa dos repuxos by VRfoto
Casa dos repuxos, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

A Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central (Peristilo), onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos, para onde se abriam os principais espaços da casa.

info: pt.wikipedia.org/

domingo, junho 10, 2012

Casa dos Repuxos

Casa dos Repuxos by VRfoto
Casa dos Repuxos, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

A Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central (Peristilo), onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos, para onde se abriam os principais espaços da casa.

info: pt.wikipedia.org/

Casa dos Repuxos

Casa dos Repuxos by VRfoto
Casa dos Repuxos, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Casa dos Repuxos.

See where this picture was taken. [?]

A Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central (Peristilo), onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos, para onde se abriam os principais espaços da casa.

info: pt.wikipedia.org/

sexta-feira, junho 08, 2012

Forum Flaviano de Conimbriga

Forum Flaviano de Conimbriga by VRfoto
Forum Flaviano de Conimbriga, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Forum Flaviano.

See where this picture was taken. [?]

O Forum Flaviano foi construido em dois planos; o mais baixo forma a praça lageada, povoada de estátuas honorificas e reematada três dos lados por pórticos flanqueados por um passeio a descoberto, com igual largura. A norte ergue-se o templo no centro de uma esplanada enquadrada por um pórtico em II, fechado para o exterior e dotado de dupla colunata.
(Guia arqueologico das Ruinas de Conimbriga)

quinta-feira, junho 07, 2012

Ínsula do vaso fálico

Ínsula do vaso fálico by VRfoto
Ínsula do vaso fálico, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): ínsula do vaso fálico.

See where this picture was taken. [?]

A ínsula do vaso fálico ocupava um quarteirão inteiro na rua principal da cidade, entre o fórum e os banhos do sul.
Ela consistia em blocos de apartamentos, independentes uns dos outros, em cujo piso térreo ficavam as ‘tabernae’.
O nome deve-se a um vaso ritual, encontrado nas ruínas, que tinha três falos muito característicos.

Ínsula do vaso fálico #2

Ínsula do vaso fálico #2 by VRfoto
Ínsula do vaso fálico #2, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): ínsula do vaso fálico.

See where this picture was taken. [?]

A ínsula do vaso fálico ocupava um quarteirão inteiro na rua principal da cidade, entre o fórum e os banhos do sul.
Ela consistia em blocos de apartamentos, independentes uns dos outros, em cujo piso térreo ficavam as ‘tabernae’.
O nome deve-se a um vaso ritual, encontrado nas ruínas, que tinha três falos muito característicos.

Libelinha #2

Libelinha #2 by VRfoto
Libelinha #2, a photo by VRfoto on Flickr.

www.vmribeiro.net/photo/

quarta-feira, junho 06, 2012

Casa de Cantaber em Conimbriga

Casa de Cantaber em Conimbriga by VRfoto
Casa de Cantaber em Conimbriga, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Ruínas da casa de Cantaber.

A casa de Cantaber ocupou uma ínsula muito central no padrão urbano de Conimbriga. Com um dos lados menores abertos para o trívio que é nodal no vicus novus da parte Leste da cidade (acrescentada pela muralha augustana ao velho perímetro do povoado indígena) o fechamento da casa em todos os três restantes lados (exceção feita à porta da área de serviços) contribuiria por si só para fazer convergir no pórtico de entrada a atenção dos viandantes.

O enorme vestíbulo, num arranjo que se conhece também na casa dos repuxos, abre-se para o peristilo central por três vãos de abertura desigual (o central mais amplo). O peristilo central de 6 x 8 colunas (contando duas vezes as dos cantos) organizava todos os espaços da casa, mas era contido nas suas aberturas: uma cela a Norte, três (antes quatro) portas a Sul, uma exedra à direita. A exedra é de pequenas dimensões e o seu modesto mosaico, com grande efeito decorativo embora, fazia apelo a um material pouco nobre como as tesselas cerâmicas.

O tanque central do peristilo reproduz, num esquema simples mas que é tornado grandioso pelas dimensões, o padrão dos canteiros ajardinados implantados num espelho de água que se conhece em Conimbriga e que tem sido atribuído a ecos da arquitetura imperial de Roma. Também aqui existia um sistema de repuxos múltiplos e, descoberta que se deve ao excelente trabalho de conservação levado a cabo, deve ter existido um programa decorativo de estatuária de pequenas dimensões, que deve ter ocupado os plintos cujos embasamentos se detetam sistematicamente como recortes quadrangulares que se abrem nas lajes que rematam o mosaico nos intercolúnios ou, onde elas já faltam, como engrossamentos da argamassa que as suportavam. A estatueta de Minerva, que é um dos mais conhecidos achados de Conimbriga, provém do tanque central, mas não é seguro que fosse essa uma das estatuetas em questão, a sua demasiado pequena dimensão não parece compatível com os cerca de 15 x 15 cm de planta que os plintos, ou dados, devem ter tido.

Ao fundo do peristilo, axialmente, entrava-se para o triclínio. O eixo visual prolongava-se para o exterior através da janela fundeira e, uma vez entrado, o visitante assistia à multiplicação deste eixo, bilateralmente, pelas janelas laterais, que davam para os tanques, da mesma forma que passagens davam acesso a outros sectores da casa, o do peristilo lobulado (que deve ter sido uma copa) à zona de serviços. Esta cenografia era arquitetónica e socialmente o fulcro da casa e, dois passos dados dentro do triclínio, o visitante está sensivelmente a meia distância no espaço que a casa ocupa.

À esquerda da ala Sul do peristilo tinha-se acesso ao sector de peristilo, lobulado.

Ao sector oeste podia chegar-se diretamente do vestíbulo, que era uma cela ostiaria, provida de lareira elevada sobre soco de pedra. Um corredor, que vencia um desnível importante (não é completamente claro se recorreu a degraus) dava acesso a uma sala de serviços e, através de um estreitíssimo corredor instalado sobre uma cloaca, ao peristilo. Para este abriam duas salas: uma coberta de mosaico simples, mas que parece ter comportado um emblema e outra, incompletamente escavada, mas que parece poder reconstituir-se como uma cenatio.

Voltando ao vestíbulo, tinha-se dele acesso, pela esquerda de quem entrava, ao sector residencial da casa.

O grande retângulo, desenhado pelas salas que abrem para o peristilo em π ou que com estas comunicam, constitui sem dúvida a parte privada da casa, dotada de cubículos e de uma cenatio própria. A sua construção parece ter sido homogénea, ainda que algumas vezes remodelada a nível de decoração (estuques e o próprio peristilo); faz parte, portanto, da fase mais marcante da existência da casa.

Uma das salas, coberta de um simples mosaico branco, tal como os corredores adjacentes, servia de tampão a um acesso demasiado imediato ao peristilo. Para ela abria-se uma pequena cela e para o corredor abria-se um pequeno cubículo cuja entrada era constituída por porta e cancela ( ? ) assente sobre uma pequena soleira de pedra.

Entrava-se no peristilo pelo canto Sudoeste.

Na ala à esquerda abria-se a porta para a grande sala cuja localização, dimensões e padrão de pavimento musivo (assumindo como correta a nossa restituição) fazem identificar como uma cenatio.

Na ala Sul ficava um grande cubículo, de cuja decoração pouco sabemos, dada a degradação sofrida pela estrutura, mas que devia ter ecos do padrão também utilizado na sala da caçada na Casa dos repuxos (pilastras ritmando painéis), e uma outra sala cuja função era mais de corredor do que de estância, a julgar pela sua planta alongada e pela função de circulação que inevitavelmente tinha. Cubículo e corredor comunicam não só pelo peristilo, mas também diretamente.

Ao fundo deste corredor ficava outro cubículo que, por sua vez, abria para uma sala de receção que articulava três blocos distintos da casa. Esta sala, para além de dar acesso, como se viu, à parte residencial da casa, abria, por uma porta de dois batentes e trinco, para o peristilo central. Abria ainda, para uma das alas do peristilo lobulado. Esta entrada era marcada por duas colunas e, no mosaico, por um tapete com decoração geométrica. Esta marcação arquitetónica do eixo principal de circulação é muito interessante na medida em que contrasta com outros pontos morfologicamente idênticos na estruturação da casa, mas que não têm aparato arquitetónico comparável.

Esta sucessão de compartimentos ficava, portanto, demarcada por um espaço tampão provido de instalações para pessoal servil que guardasse a entrada e por uma sala cuja relação com os espaços circundantes pode ser alterada conforme a circunstâncias (virtude da porta com trinco) mas cujo o eixo de circulação normal é marcado simbolicamente.

O conjunto dos compartimentos é, porventura, o mais interessante da casa. Infelizmente, foi também um dos que mais sofreu, ao longo dos tempos de abandono, soterramento e reexposição da casa. Dos seus mosaicos restam dois em bom estado e vestígios de outros três enquanto outros dois se perderam por completo, mas a sua arquitetura, no essencial, resistiu.

Entrava-se neste sector pelo canto Sudoeste, fosse vindo da parte residencial da casa, entrando-se por isso diretamente do peristilo central, ou, ainda por aí, do triclínio central. A entrada faz-se, portanto, obliquamente: todavia, é a axialidade do conjunto que é marcante.

O peristilo é ladeado por três pares de ambientes distintos entre si. A Oeste abrem para as alas e têm uma curiosa janela diretamente aberta para o implúvio. A Leste constituem uma espécie de pavilhões isolados pelas alas que estabelecem o verdadeiro eixo deste sector, que liga a porta de acesso da parte residencial da casa à porta de acesso ao viridário. Estas alas têm o seu pavimento coberto por um mosaico idêntico, o que reforça a axialidade. O eixo fundamental de circulação entre a parte residencial e o jardim da casa é assim enquadrado por um conjunto de salas que se devem classificar como diaetae. Também aqui a cenografia é importante. Ao visitante é oferecido, mais além, um eixo suplementar, mais íntimo, para ver o jardim. Um eixo paralelo, mais monumentalizado, é o último reduto do habitante (o que explica a colocação escolhida tardiamente para o conjunto) e é à porta que encontramos aquele curioso motivo apotropaico do labirinto de tipo Mogor.

Info: www.conimbriga.pt/portugues/ruinas03.html

terça-feira, junho 05, 2012

Caldarium da casa de Cantaber #2

CONIMBRIGA (Portugal): Os balnea da casa de Cantaber.

Caldário da casa de cantaber

Caldário da casa de cantaber by VRfoto
Caldário da casa de cantaber, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Os balnea da casa de Cantaber.

See where this picture was taken. [?]

Os balnea da Casa de Cantaber apresentam na sua fase original todos os ambientes que caracterizam os complexos termais públicos. Uma sala ampla com funções de apoditério ao qual se chega por um pórtico que une a casa ao balneum. Este primeiro ambiente permite a entrada no frigidário no qual se construiu um alveus absidado de água fria, onde se entra por duas escadarias laterais. O apoditério serve como elemento de ligação entre as zonas frias e aquecidas. Esta última zona é composta por um tepidário de pequenas dimensões, talvez porque apenas serve como zona de primeiro contacto com o ambiente aquecido. Desta sala acede-se para o caldário duplo, formado por dois ambientes quadrangulares e absidados a Oeste. O caldário Sul tem um alveus de água tépida.
O sistema de aquecimento deste edifício deve ter apresentado, na primeira fase, algumas dificuldades de funcionamento, o que se poderá justificar pelo elevado número de fornalhas construídas. Num espaço contíguo ao caldário Sul localizam-se três fornalhas, uma para o alveus, outra para o caldário e uma terceira que aquece o tepidário, pois as fornalhas do caldário estão construídas de tal forma que impediram a circulação do ar quente até ao tepidário, obrigando o seu construtor a realizar uma fornalha específica para este último ambiente. Uma quarta fornalha aquece o segundo caldário, situado a Noroeste. O complexo ocupa uma área total de 14 m x 18 m (num total de 252 m2 ).

info: www.conimbriga.pt/

segunda-feira, junho 04, 2012

Old bridge em Viana do Castelo

Old bridge em Viana do Castelo by VRfoto
Old bridge em Viana do Castelo, a photo by VRfoto on Flickr.

VIANA DO CASTELO (Portugal): Ponte medieval.

See where this picture was taken. [?]

Ponte Medieval que liga o cais de S. Lourenço à vila de Darque

Os 'balnea' da casa de Cantaber

CONIMBRIGA (Portugal): Os balnea da casa de Cantaber.

Os balnea da Casa de Cantaber apresentam na sua fase original todos os ambientes que caracterizam os complexos termais públicos. Uma sala ampla com funções de apoditério ao qual se chega por um pórtico que une a casa ao balneum. Este primeiro ambiente permite a entrada no frigidário no qual se construiu um alveus absidado de água fria, onde se entra por duas escadarias laterais. O apoditério serve como elemento de ligação entre as zonas frias e aquecidas. Esta última zona é composta por um tepidário de pequenas dimensões, talvez porque apenas serve como zona de primeiro contacto com o ambiente aquecido. Desta sala acede-se para o caldário duplo, formado por dois ambientes quadrangulares e absidados a Oeste. O caldário Sul tem um alveus de água tépida.
O sistema de aquecimento deste edifício deve ter apresentado, na primeira fase, algumas dificuldades de funcionamento, o que se poderá justificar pelo elevado número de fornalhas construídas. Num espaço contíguo ao caldário Sul localizam-se três fornalhas, uma para o alveus, outra para o caldário e uma terceira que aquece o tepidário, pois as fornalhas do caldário estão construídas de tal forma que impediram a circulação do ar quente até ao tepidário, obrigando o seu construtor a realizar uma fornalha específica para este último ambiente. Uma quarta fornalha aquece o segundo caldário, situado a Noroeste. O complexo ocupa uma área total de 14 m x 18 m (num total de 252 m2 ).

info: www.conimbriga.pt/

domingo, junho 03, 2012

Ruínas da casa de Cantaber #5

Ruínas da casa de Cantaber #5 by VRfoto
Ruínas da casa de Cantaber #5, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Ruínas da casa de Cantaber.

See where this picture was taken. [?]

Esta é a casa maior de Conimbriga (80mx40m). Trata-se de uma residência típica do séc. III.

sábado, junho 02, 2012

Ruínas da casa de Cantaber #4

Ruínas da casa de Cantaber #4 by VRfoto
Ruínas da casa de Cantaber #4, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Ruínas da casa de Cantaber.

See where this picture was taken. [?]

Esta é a casa maior de Conimbriga (80mx40m). Trata-se de uma residência típica do séc. III.

sexta-feira, junho 01, 2012

Ruínas da casa de Cantaber #3

Ruínas da casa de Cantaber #3 by VRfoto
Ruínas da casa de Cantaber #3, a photo by VRfoto on Flickr.

CONIMBRIGA (Portugal): Ruínas da casa de Cantaber.

A casa de Cantaber ocupou uma ínsula muito central no padrão urbano de Conimbriga. Com um dos lados menores abertos para o trívio que é nodal no vicus novus da parte Leste da cidade (acrescentada pela muralha augustana ao velho perímetro do povoado indígena) o fechamento da casa em todos os três restantes lados (exceção feita à porta da área de serviços) contribuiria por si só para fazer convergir no pórtico de entrada a atenção dos viandantes.

O enorme vestíbulo, num arranjo que se conhece também na casa dos repuxos, abre-se para o peristilo central por três vãos de abertura desigual (o central mais amplo). O peristilo central de 6 x 8 colunas (contando duas vezes as dos cantos) organizava todos os espaços da casa, mas era contido nas suas aberturas: uma cela a Norte, três (antes quatro) portas a Sul, uma exedra à direita. A exedra é de pequenas dimensões e o seu modesto mosaico, com grande efeito decorativo embora, fazia apelo a um material pouco nobre como as tesselas cerâmicas.

O tanque central do peristilo reproduz, num esquema simples mas que é tornado grandioso pelas dimensões, o padrão dos canteiros ajardinados implantados num espelho de água que se conhece em Conimbriga e que tem sido atribuído a ecos da arquitetura imperial de Roma. Também aqui existia um sistema de repuxos múltiplos e, descoberta que se deve ao excelente trabalho de conservação levado a cabo, deve ter existido um programa decorativo de estatuária de pequenas dimensões, que deve ter ocupado os plintos cujos embasamentos se detetam sistematicamente como recortes quadrangulares que se abrem nas lajes que rematam o mosaico nos intercolúnios ou, onde elas já faltam, como engrossamentos da argamassa que as suportavam. A estatueta de Minerva, que é um dos mais conhecidos achados de Conimbriga, provém do tanque central, mas não é seguro que fosse essa uma das estatuetas em questão, a sua demasiado pequena dimensão não parece compatível com os cerca de 15 x 15 cm de planta que os plintos, ou dados, devem ter tido.

Ao fundo do peristilo, axialmente, entrava-se para o triclínio. O eixo visual prolongava-se para o exterior através da janela fundeira e, uma vez entrado, o visitante assistia à multiplicação deste eixo, bilateralmente, pelas janelas laterais, que davam para os tanques, da mesma forma que passagens davam acesso a outros sectores da casa, o do peristilo lobulado (que deve ter sido uma copa) à zona de serviços. Esta cenografia era arquitetónica e socialmente o fulcro da casa e, dois passos dados dentro do triclínio, o visitante está sensivelmente a meia distância no espaço que a casa ocupa.

À esquerda da ala Sul do peristilo tinha-se acesso ao sector de peristilo, lobulado.

Ao sector oeste podia chegar-se diretamente do vestíbulo, que era uma cela ostiaria, provida de lareira elevada sobre soco de pedra. Um corredor, que vencia um desnível importante (não é completamente claro se recorreu a degraus) dava acesso a uma sala de serviços e, através de um estreitíssimo corredor instalado sobre uma cloaca, ao peristilo. Para este abriam duas salas: uma coberta de mosaico simples, mas que parece ter comportado um emblema e outra, incompletamente escavada, mas que parece poder reconstituir-se como uma cenatio.

Voltando ao vestíbulo, tinha-se dele acesso, pela esquerda de quem entrava, ao sector residencial da casa.

O grande retângulo, desenhado pelas salas que abrem para o peristilo em π ou que com estas comunicam, constitui sem dúvida a parte privada da casa, dotada de cubículos e de uma cenatio própria. A sua construção parece ter sido homogénea, ainda que algumas vezes remodelada a nível de decoração (estuques e o próprio peristilo); faz parte, portanto, da fase mais marcante da existência da casa.

Uma das salas, coberta de um simples mosaico branco, tal como os corredores adjacentes, servia de tampão a um acesso demasiado imediato ao peristilo. Para ela abria-se uma pequena cela e para o corredor abria-se um pequeno cubículo cuja entrada era constituída por porta e cancela ( ? ) assente sobre uma pequena soleira de pedra.

Entrava-se no peristilo pelo canto Sudoeste.

Na ala à esquerda abria-se a porta para a grande sala cuja localização, dimensões e padrão de pavimento musivo (assumindo como correta a nossa restituição) fazem identificar como uma cenatio.

Na ala Sul ficava um grande cubículo, de cuja decoração pouco sabemos, dada a degradação sofrida pela estrutura, mas que devia ter ecos do padrão também utilizado na sala da caçada na Casa dos repuxos (pilastras ritmando painéis), e uma outra sala cuja função era mais de corredor do que de estância, a julgar pela sua planta alongada e pela função de circulação que inevitavelmente tinha. Cubículo e corredor comunicam não só pelo peristilo, mas também diretamente.

Ao fundo deste corredor ficava outro cubículo que, por sua vez, abria para uma sala de receção que articulava três blocos distintos da casa. Esta sala, para além de dar acesso, como se viu, à parte residencial da casa, abria, por uma porta de dois batentes e trinco, para o peristilo central. Abria ainda, para uma das alas do peristilo lobulado. Esta entrada era marcada por duas colunas e, no mosaico, por um tapete com decoração geométrica. Esta marcação arquitetónica do eixo principal de circulação é muito interessante na medida em que contrasta com outros pontos morfologicamente idênticos na estruturação da casa, mas que não têm aparato arquitetónico comparável.

Esta sucessão de compartimentos ficava, portanto, demarcada por um espaço tampão provido de instalações para pessoal servil que guardasse a entrada e por uma sala cuja relação com os espaços circundantes pode ser alterada conforme a circunstâncias (virtude da porta com trinco) mas cujo o eixo de circulação normal é marcado simbolicamente.

O conjunto dos compartimentos é, porventura, o mais interessante da casa. Infelizmente, foi também um dos que mais sofreu, ao longo dos tempos de abandono, soterramento e reexposição da casa. Dos seus mosaicos restam dois em bom estado e vestígios de outros três enquanto outros dois se perderam por completo, mas a sua arquitetura, no essencial, resistiu.

Entrava-se neste sector pelo canto Sudoeste, fosse vindo da parte residencial da casa, entrando-se por isso diretamente do peristilo central, ou, ainda por aí, do triclínio central. A entrada faz-se, portanto, obliquamente: todavia, é a axialidade do conjunto que é marcante.

O peristilo é ladeado por três pares de ambientes distintos entre si. A Oeste abrem para as alas e têm uma curiosa janela diretamente aberta para o implúvio. A Leste constituem uma espécie de pavilhões isolados pelas alas que estabelecem o verdadeiro eixo deste sector, que liga a porta de acesso da parte residencial da casa à porta de acesso ao viridário. Estas alas têm o seu pavimento coberto por um mosaico idêntico, o que reforça a axialidade. O eixo fundamental de circulação entre a parte residencial e o jardim da casa é assim enquadrado por um conjunto de salas que se devem classificar como diaetae. Também aqui a cenografia é importante. Ao visitante é oferecido, mais além, um eixo suplementar, mais íntimo, para ver o jardim. Um eixo paralelo, mais monumentalizado, é o último reduto do habitante (o que explica a colocação escolhida tardiamente para o conjunto) e é à porta que encontramos aquele curioso motivo apotropaico do labirinto de tipo Mogor.

Info: www.conimbriga.pt/portugues/ruinas03.html