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terça-feira, junho 04, 2013

Igreja Matriz de Caminha

Igreja Matriz de Caminha by VRfoto
Igreja Matriz de Caminha, a photo by VRfoto on Flickr.

CAMINHA (Portugal): Igreja Matriz.

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A construção da Matriz de Caminha foi imposta pela necessidade de edificar uma igreja intramuros, o que, pela exiguidade do espaço disponível, deixou muito pouco desafogo à frontaria do templo, que só viria a ser libertada no decurso das obras de restauro promovidas no presente século pelos Monumentos Nacionais. A sua fundação tem sido erradamente atribuída à iniciativa de D. Manuel I, pois está documentalmente provado que a primeira pedra deste esplêndido edifício foi lançada a 4 de abril de 1488, quando reinava o seu antecessor e nada faria prever a sua ascensão ao trono. As obras arrastaram-se por longos anos, oneradas com pesados encargos, que nem o beneplácito régio nem os elevados subsídios concedidos pelos donatários da vila conseguiram aliviar, sendo o templo inaugurado em 1556, um ano antes da morte de D. João III.A planta do edifício e a direção inicial das obras atribuem-se ao mestre biscainho João Tolosa e a Pero Galego, estando também comprovada a participação de mestres portugueses, nomeadamente através de uma gárgula antropomórfica que exibe as nádegas voltadas para terras galegas.
Obra-prima do gótico tardio nortenho, mais parece uma igreja-fortaleza, o que se deve à enraizada tradição românica desta região. No entanto, tanto o exterior como o interior deste edifício são de grande harmonia arquitetónica e rara qualidade, devidas sobretudo ao carácter equilibrado e elegante da sua composição, que com tanta mestria foi capaz de conjugar elementos de diversas influências, nomeadamente os ornamentos ditos «platerescos» e a carpintaria mudéjar.Na fachada principal erguem-se dois elegantes gigantes rematados por pináculos floridos que demarcam as naves e emolduram o portal renascentista de elegante arco de volta perfeita. Este é enquadrado num alfiz rematado por duplo friso e sobrepujado por uma rosácea inscrita numa moldura rendilhada. Dos lados, duas estilizadas frestas valorizam o conjunto e reforçam a iluminação das naves. O edifício era coroado por uma delicada platibanda que mascarava o telhado, quase totalmente destruída pelo violento temporal ocorrido em janeiro de 1636.
O portal lateral, que se ergue a meio da fachada sul, constitui um importante legado do Renascimento português, e tem sido atribuído ao biscainho João de Tolosa. Duas pilastras decoradas com grutescos amparam o arco de volta perfeita, sobre cujo extradorso se vislumbram dois tondi tradicionalmente identificados com o rei D. Manuel I e a rainha D. Maria. A cornija sustenta quatro edículas com as estátuas de S. Pedro, S. Marcos, S. Lucas e S. Paulo, encimadas por nova cornija onde se apoia o frontão triangular. O tímpano, que encerra a imagem da padroeira de Caminha - Nossa Senhora dos Anjos e o Menino -, é ladeado pelos presumíveis bustos de Adão e Eva e coroado por um crucifixo que interrompe um friso ricamente decorado.À direita da frontaria eleva-se a torre, construída entre 1550 e 1560, de secção quadrangular e acentuada feição militar, algo suavizada pelo estilizado das ameias e pelas janelas sineiras, entre as quais se observa o brasão da Casa de Vila Real, detentora do senhorio da vila de Caminha.

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