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sábado, novembro 10, 2012

Interior da igreja Matriz de Vila do Conde

VILA DO CONDE (Portugal): Interior da Igreja de São João Baptista, matriz de Vila do Conde.

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A primitiva matriz de Vila do Conde, um edifício medieval de que não resta qualquer vestígio, situava-se no Monte Castro de São João, fora do perímetro urbano. Cerca de 1496 foi ordenado que se edificasse uma nova igreja no Campo de São Sebastião, cuja obra ficou a cargo do mestre biscainho João Rianho.
Durante a sua peregrinação a Santiago de Compostela em 1502, D. Manuel I ficou hospedado em Vila do Conde, e no regresso da viagem enviou uma carta para a edilidade local onde concedia financiamento à obra e enviava uma planta com a traça do novo templo.
Na primeira fase de edificação empreendeu-se a construção da cabeceira, terminada em 1506, e a abóbada da abside, colaborando na campanha o mestre Gonçalo Anes e o biscainho Rui Garcia de Penagós, que em 1509 dirigia a fábrica de obras.
No ano de 1511 a direção das obras era entregue ao arquiteto João de Castilho, e no ano de 1515 a estrutura estava terminada, abrindo-se ao culto três anos depois.
De planta em cruz latina, composta por três naves de diferentes alturas e cabeceira tripla, a Matriz de Vila do Conde repete o módulo das hallenkirchen manuelinas, de que fazem parte, entre outros, os templos de Freixo de Espada à Cinta, Arronches, ou Azurara (LEITE, 2005, pp. 103-104).
O grandioso portal axial trilobado, obra de João de Castilho, profusamente ornamentado, ladeado por contrafortes e pináculos com cogulhos vegetalistas, dá "um novo tom à edificação" manuelina, sendo o seu modelo repetido no templo de Azuaga, perto de Badajoz (PEREIRA, 1995, pp. 67-68).
Do lado esquerdo da fachada, João Lopes o Moço ergueu em 1573 a torre sineira quadrangular (REIS, 2000, p. 166), cuja maciça estrutura pouco ornamentada e excessivamente vertical sobressai no ritmo da frontaria.
No interior destaca-se a cobertura da capela-mor, em abóbada de "combados" da autoria de Castilho, e as abóbadas dos absidíolos, uma com lanternim e outra decorada com baixos relevos que apresentam vestígios de policromia. As duas capelas abertas no transepto, de edificação quinhentista, possuem retábulos de talha dourada barroca e azulejos seiscentistas.

Info: www.igespar.pt/

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