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domingo, agosto 28, 2011

Ruínas do castelo de Castro Laboreiro #5

CASTRO LABOREIRO (Melgaço/Portugal): Ruínas do castelo de Castro Laboreiro.

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A praticamente 1000 metros de altitude, e localizado em pleno sistema montanhoso da Peneda-Gerês, numa linha interior da fronteira entre o Alto Minho e a zona de influência de Ourense, o castelo de Castro Laboreiro é um dos mais emblemáticos monumentos militares nacionais, mais pela localização geográfica aberta aos planaltos galegos, que pela sua pretensa importância no quadro da história militar portuguesa.
As suas origens são-nos completamente desconhecidas, mas a maioria dos autores que se lhe referiram coincide no facto de a fortaleza ter desempenhado importantes funções desde a primitiva (re)conquista do território. É desta forma que podemos compreender a ligação da família condal de D. Hermenegildo à fortaleza, na primeira metade do século X e em consequência do chamado repovoamento de Afonso III. As escavações aqui efetuadas, na década de 70 do século XX, revelaram materiais da Alta Idade Média, esperando-se, para breve, conclusões mais objetivas acerca desse espólio (LIMA, 1996, p.89, nota 21).
Cento e cinquenta anos depois, no reinado de D. Dinis, teve lugar a reforma que conferiu o aspeto geral que a fortaleza ainda mantém e que, por essa altura, estaria parcialmente arruinada (ALVES, 1987, p.67). Se a ação deste monarca no Alto Minho é mais conhecida pela criação de póvoas ribeirinhas ao longo do curso final deste rio, a campanha do castelo de Castro Laboreiro testemunha, por outro lado, a atenção que a raia seca mereceu à coroa, fruto de um reinado que concedeu especial importância à defesa ativa do território.
O projeto então concebido compôs-se de dois recintos muralhados, de dimensão e funcionalidade diversa. No topo, muito provavelmente correspondendo ao primitivo reduto do século XII (ou anterior), edificou-se o núcleo principal, com torre de menagem e cisterna, que corresponde ao verdadeiro centro militar do conjunto. Para Sul, um segundo recinto, de maior amplitude e acessível apenas por uma porta, servia para "recolher gados e bens em épocas de invasão" (ALMEIDA, 1987, p.182) . Esta característica parece ser única no nosso país e prova como a atividade ganadeira foi primordial na vivência das comunidades serranas medievais de Castro Laboreiro.
A descrição que Duarte d'Armas fez da fortaleza, nos inícios do século XVI, mostra um castelo altaneiro perfeitamente isolado do povoado, este situado a uma cota consideravelmente inferior. O núcleo militar era reforçado por cinco torres quadrangulares (incluindo a de menagem), e possuía duas portas, a do Sol, que levava ao interior do recinto maior, e uma outra que colocava em comunicação os dois redutos.

info: www.igespar.pt/

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