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sexta-feira, julho 24, 2009

Convento de Santo António


Vila_Cova_Alva_convento
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ARGANIL (Portugal): Convento de Santo António, em Vila Cova de Alva.
De fundação setecentista, o convento de Santo António de Vila Cova de Alva foi edificado entre 1713, ano do lançamento da primeira pedra pelo Bispo-Conde D. António de Vasconcelos e Sousa, e 1723, remontando a 24 de Fevereiro desse ano a cerimónia de trasladação do Santíssimo Sacramento para a igreja (ANACLETO, 1996, p. 78). De acordo com a lápide do túmulo de Luís da Costa Faria, presente no transepto, é a este homem, natural de Arganil e que desempenhou cargos tão significativos como, entre outros, o de Desembargador da Casa da Suplicação, de Procurador Fiscal da Junta dos 3 Estados e de Juiz da Chancelaria e dos Contos do Reino, que se deve a instituição do convento e, ao que tudo indica, uma boa parte do montante gasto na sua edificação (IDEM, p. 80). Na verdade, a sua acção mecenática revelou-se noutras duas obras da região, a reforma da igreja matriz e a construção da ponte sobre o rio Alva (IDEM). Entrou para o convento em data incerta e aí veio a falecer no dia 19 de Abril de 1730.
Regressando às fases construtivas do complexo conventual, sabemos que os primeiros religiosos chegaram em 1712, instalando-se em casas próximas com o objectivo de orientar os trabalhos do novo edifício. Estas, decorreram céleres, cabendo a concepção do projecto a João Coelho Coluna, um frade ou leigo, natural de Alvite, que se encontra sepultado sob a galilé (IDEM, p. 78).
As dependências conventuais estruturavam-se em função do claustro, de planta quadrangular, e em torno do qual se desenvolviam a igreja, a Sala do Capítulo e outras dependências de cariz mais prático e uso comum, como o refeitório, a cozinha, a adega, a portaria e alguns arrumos. As celas situavam-se no andar superior, muito possivelmente a par de um hospício de que restam alguns vestígios (IDEM; p. 83). Esta reconstituição dos espaços originais é, hoje, muito dificultada pelas intervenções de que o conjunto foi objecto após a extinção das ordens religiosas, em 1834. Na verdade, o edifício, que já havia sofrido fortes danos com as Invasões Francesas, foi vendido em hasta pública no ano de 1841, tendo sido, a partir de então, objecto de remodelações constantes que o descaracterizaram profundamente.
O Convento de Santo António é hoje em dia propriedade particular, estando visitável ao público somente a Igreja.

Fonte: www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=155604

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